Autora: Maria Luisa Coelho.
O comércio ilegal vem crescendo desenfreadamente e sem fiscalização em todo o país. As grandes cidades, principalmente o Rio de Janeiro, vem lutando contra um agravante: a violência, que vem impactando negativamente o comércio legal e a indústria.
Os esforços do Ministério Público e da prefeitura na realização de ações para o combate ao comércio ilegal não estão sendo eficientes. Segundo o presidente do Sindilojas Rio e do CDLRio, enquanto o problema continuar sendo tratado como uma questão social e não de segurança pública, econômica e política, não teremos uma solução concreta para a questão.
Segundo dados do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade, o prejuízo do país com as práticas ilegais foi de R$146,3 bilhões só no último ano. Esse número foi R$16 bilhões maior que em 2016. Isso significa, que mais de R$50 bilhões deixaram de ser arrecadados em forma de tributos. Um valor que poderia estar sendo usado para investir na geração de empregos, saúde, educação e mobilidade urbana.
Sem contar com o número de lojas fechando ou tendo que investir em segurança particular por conta da violência.De acordo com o Centro de Estudos do CDL Rio, o comércio do Rio de Janeiro, que hoje enfrenta uma grave crise, gastou, só nos primeiros três meses desse ano, R$450 milhões com segurança. Cerca de 20% a mais que em 2017. Nesse mesmo período, o comércio carioca registrou uma retração de 3,6% em comparação com o primeiro trimestre de 2017.
Enquanto o município do Rio trabalha em consonância com o Ministério Público em ações esporádicas, além disso o Sindilojas e o CDLRio têm denunciado ocupação irregular dos espaços públicos cobrando práticas que coíbam a atuação de ambulantes ilegais.
Mas para o sindicato, deve-se deixar de pensar que o desemprego é uma desculpa para o crescimento de camelôs e levar em consideração, que com eles muitas lojas estão fechando e demitindo trabalhadores.
E você, o que acha disso?
Artigo com informações da Revista O Lojista (MAI/JUN 2018)